domingo, 24 de julho de 2011

Mudança


Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa. Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua. Depois, mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente, observando com
atenção os lugares por onde você passa.
Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas. Dê os seus sapatos velhos. Procure andar descalço alguns dias. Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia, ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda. Durma no outro lado da cama... Depois, procure dormir em outras camas. Assista a outros programas de tv, compre outros jornais... leia outros livros.
Viva outros romances.
Não faça do hábito um estilo de vida. Ame a novidade. Durma mais tarde. Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes, novos temperos, novas cores, novas delícias.
Tente o novo todo dia. O novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer, o novo amor.
A nova vida. Tente. Busque novos amigos. Tente novos amores. Faça novas relações.
Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes, tome outro tipo de bebida, compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado... outra marca de sabonete, outro creme dental... Tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores. Vá passear em outros lugares.
Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas, troque de carro, compre novos óculos, escreva outras poesias.
Jogue os velhos relógios, quebre delicadamente esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco. Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros teatros, visite novos museus.
Mude.
Lembre-se de que a Vida é uma só. E pense seriamente em arrumar um outro emprego, uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais prazeroso, mais digno, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as. Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, longa, se possível sem destino. Experimente coisas novas. Troque novamente. Mude, de novo. Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as já conhecidas, mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia. Só o que está morto não muda !
Repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não
vale a pena!

***Texto de Clarice Lispector
Clarice Lispector: amor, mudança, poemas, textos, vida

Feliz volta às aulas!


"Sem a curiosidade que me move, me inquieta, me insere na busca, não aprendo nem ensino."

Paulo Freire

As férias estão chegando ao fim!

A volta às aulas está agendada para segunda-feira, dia 01 de agosto.
Desejamos que todos os alunos tenham se divertido e descansado bastante! Mas agora, chega de moleza, que é hora de voltar para a escola!
As lembranças deliciosas das férias vão ficando para trás. Voltar às aulas significa mais disciplina: cumprimento de horários, tarefas de casa e uma infinidade de compromissos que exigem muito esforço, tanto dos alunos quanto dos professores e dos funcionários. Para os alunos que não foram bem nos estudos no 1º semestre, ainda há tempo de correr atrás do prejuízo, basta estudar com dedicação. Sejam curiosos, pesquisem, informem-se, solicitem ajuda aos professores quando tiverem dúvidas.

Dicas para tornar mais produtivo o seu estudo:
- Estudar mais a área do conhecimento que menos gosta.
- Distinguir “não gostar do professor” de “não gostar do conteúdo apresentado pelo professor”.
- Não estudar somente por nota, mas estudar porque irá aprender mais.
- Criar interesse pelo estudo, lendo cada vez mais.
- Procurar, vez por outra, estudar com a ajuda de pessoas.
- Fazer da escola um lugar de orientação, estudar mesmo é o que se faz para além da escola, por conta própria.
- Organizar um horário para as suas atividades, reservando tempo para estudar.
- Nas áreas do conhecimento como: Matemática, Português, Inglês, Física, Química o ideal é refazer as atividades dadas em sala de aula, pois é praticando que teremos a certeza de que saberemos fazer.
- Nas áreas do conhecimento como: História, Geografia, Biologia, Ciências temos que esquecer a “decoreba”. O importante é entender a ideia do conteúdo apresentado.
- Lembrar que estudar antecipadamente só traz benefícios, então não espere para estudar um dia antes da prova.

Pe. Adilson Schio, ms - publicado na revista Salette - janeiro e fevereiro de 2008, p. 43.

A Equipe da Biblioteca estará sempre a disposição para orientá-los e auxiliá-los nas pesquisas e nos estudos. Contem conosco sempre!


segunda-feira, 18 de julho de 2011

Notícias: Curso de flauta doce para crianças

Inscrições abertas para oficinas de flauta doce.
Interessados podem se inscrever até 31 de julho na sede da Fundação Franklin Cascaes, no horário das 13h às 17h. O curso é gratuito.


A Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes (FCFFC) está recebendo até 31 de julho inscrições para a oficina de flauta doce, que inicia em agosto. Os interessados podem se inscrever na sede da Fundação, no Forte Santa Bárbara, no Centro, das 13h às 19h, ou ainda obter informações pelo telefone (48) 3324-1415. As atividades são gratuitas.

Na oficina, os alunos vão ter aulas de flauta soprano, teoria musical e canto, com o objetivo de desenvolver a percepção e a leitura musical, e estimular a socialização por meio da música. As turmas serão divididas nas faixas etárias de 6 a 8 anos, com aulas às segundas-feiras, das 14h às 15h30, na Escola Silveira de Souza, no Centro; e de 9 a 11 anos, com atividades às quartas-feiras, no mesmo horário e local. Não é necessário ter o instrumento musical para participar do curso.

A oficina de flauta doce integra um projeto cultural desenvolvido pela Fundação Franklin Cascaes em parceria com a Secretaria Municipal de Educação – que atualmente administra o prédio do antigo colégio estadual, onde mantém algumas turmas de Educação de Jovens e Adultos. A proposta é revitalizar aquele espaço público, promovendo a ocupação das salas de aula ociosas com atividades musicais gratuitas. O projeto contempla oficinas de piano, percussão, canto coral e da Orquestra Escola da FCFFC, criando o clima para sediar no local a Escola Municipal de Música de Florianópolis.

Serviço:

O Quê: Oficina de flauta doce para crianças
Faixa etária de 6 a 8 anos e de 9 a 11 anos
(Aulas a partir de agosto na Escola Silveira de Souza, Centro)

Quando: Inscrições até 31 de julho – das 13h às 19h

Onde: Sede da Fundação Franklin Cascaes (Forte Santa Bárbara)
Rua Antônio Luz nº 260 - Centro
(48) 3324-1415/ Diretoria de Artes

Quanto: gratuito



domingo, 17 de julho de 2011

Boas Férias!

Férias

Férias...

Que momento glorioso e oportuno,

Quando todos relaxam e dizem “Finalmente...”.

É a sua vida indo ou permanecendo

Melhorando ou modificando

Suspiros de paz

Um tempo para si ou para estar com os outros,

Férias é um momento mágico quando você não tem compromisso nenhum

Tantas e tantas coisas para fazer

Pode ir dormir às 5 da manhã pois não precisa acordar cedo,

Pode acordar três da tarde pois não tem de estar em lugar nenhum,

Cada dia é glorioso, cada dia é único

Você pode fazer o que quer

Você pode até não fazer nada

Um momento que poderia ser infinito

Mas aproveitado tão verozmente por ser finito

Não é um fim de semana passageiro

É mais do que um feriado prolongado

É quando você pode esquecer seus anseios e preocupações

Vai acabar? Vai,

Mas não sem antes você sentir uma coisa que lhe fará bem

Um coisa que lhe fará dizer:

Ah... estou de férias.”

Fonte: http://semais.webnode.pt/news/poesia-ferias-/

A equipe da biblioteca deseja a todos BOAS FÉRIAS!!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Acervo em Espanhol


A Biblioteca do colégio adquiriu uma série de romances da literatura espanhola. São obras indispensáveis ao acervo erudito de qualquer biblioteca, escritas por alguns dos mais importantes autores contemporâneos dessa língua, tais como Pablo Neruda, Gabriel García Marquez, Mario Vargas Llosa e Frederico García Lorca. Destaque-se: todos na língua original, para prestigiar quem gosta de boa leitura e quer praticar seus estudos de língua estrangeira.

"Sin embargo", para enveredarmos, desde logo, no universo da literatura castelhana, trouxemos as sinopses das obras já na língua ibérica:

Pablo Neruda - Antologia General

La antologia geral de Pablo Neruda se inscribe dentro de la colección de ediciones populares conmemorativas que inpulsan la RAE y la Asociación de Academias de la Lengua Española.. La compilación de la obra de Neruda ha corrido a cargo del académico chileno Hernán Loyola, quien ha logrado perfilar una guía para poder seguir, en capítulos, la aventura creadora del poeta. Así, el texto de la Antologia general viene procedido de una serie de análisis que comienza Jorge Edwards (Academia Chilena) con un testimonio personal, una crónica de la última etapa de la vida del poeta. También escriben sobre distintos aspectos de la vida de Pablo Neruda - Alain Sicard (Academia Cubana), Seles Millares (Universidad Autónoma de Madrid), Henán Loyola, Marcos Martos Carrera (Presidente de la Academia Peruana), José Luis Vega (Director de la Academia Puertorriqueña), Pere Gimferrer (Real Academia Española) y Eduardo Lizalde (Academia Mexicana). Esta antologia incluye un texto de Neruda - 'Crónica de San Pancho', un escrito con el que Neruda quiso agradecer la protección que en 1948 le brindó una familia cuando era perseguido por sus ideas politicas.

Pablo Neruda - Cien Sonetos de Amor

'Cien sonetos de amor' sorprenden ante todo por el contraste entre la palpitación de la palabra y la imagen, y la deliberada elección de una desnudez que rehúye los prestigios sonoros o constructivos del soneto clásico.

Pablo Neruda - Veinte poemas de amor y una canción desesperada - Debolsillo

El entusiasmo del público y de la crítica por esta obra juvenil ha crecido con el tiempo y ha transformado 'Veinte poemas de amor» en uno de los libros clásicos de la poesía amorosa contemporánea; un libro que se aleja de la experiencia modernista y anticipa las claves de la escritura posterior de Neruda. Aparentemente, Neruda utiliza todos los ingredientes del repertorio romántico - canta al amor sensual y apasionado, evoca la nostalgia por la mujer ausente y da cuenta, a la postre, de la separación y la ruptura definitiva. Pero el poeta no canta el sentimiento melancólico becqueriano, ni la felicidad rebosante de la conseguida plenitud erótica, sino sólo el amor ligado a la existencia.

Frederico García Lorca - Bodas de Sangre

El mundo de García Lorca supone capacidad creativa, poder de síntesis y facultad natural para captar, expresar y combinar la mayor suma posible de resonancias poéticas sin esfuerzo aparente; y para llegar a la perfección no como resultado de una técnica conseguida con esfuerzo, sino casi de golpe. La variedad de formas y tonalidad resulta deslumbrante, con el amor presentado en un sentido cósmico y pansexualista, y la esterilidad, la infancia y la muerte, como motivos fundamentales. En sus dos tragedias rurales, 'Bodas de sangre', de 1933, y Yerma, se aúnan mitología, mundos poéticos y realidad en una conjunción virtuosa y pasional.

Frederico García Lorca - La casa de Bernarda Alba

Obra genial, una de las piezas capitales del teatro de este siglo, 'La casa de Bernarda Alba' responde a la fórmula que conjuga el teatro de calidad con las posibilidades de funcionamiento dentro de los circuitos comerciales, de acuerdo con el propósito que el autor se había planteado a partir de 1932. La casa de Bernarda Alba pertenece a una serie literaria muy en boga desde finales del siglo XIX y en el primer tercio de siglo; el drama rural.

Frederico García Lorca - Mariana Pineda

El libro cuenta la historia de una joven granadina que es encarcelada en 1831 por haber mandado bordar la bandera que servirá de insignia a una insurreción liberal. Le prometen la libertad si delata a los jefes de ésta, pero, al negarse es condenada a muerte y ejecutada.

Frederico García Lorca - Yerma

Yerma' se ubica en el entorno de un sistema patriarcal que, en la España de los tiempos previos a la guerra civil, se sostenía con empecinamiento. La transgresión de Federico Garcia Lorca consistió justamente en despabilar de la dormidera de siglos a los españoles que sufrían en silencio y que dejaban hacer, y en particular las mujeres. A Lorca le interesaba en esta obra profundizar en - un alma en la que se cebó el Destino señalándola para víctima de lo infecundo -. Obedecer, callar, encerrarse y dormir son las acciones que arman la cadena que enlaza rítmicamente a las mujeres pero que también cerca la vida trágica de los hombres, seres espiritualmente empobrecidos que se hunden en la tierra en la que nacieron para pudrirse olvidados.

Mario Vargas Llosa - Travesuras de la niña mala

Este libro narra la pasión amorosa de un hombre, Ricardo Somocurcio, por una mujer perversa y
calculadora que sólo busca satisfacer sus ambiciones. Pero ésta no es sólo la novela de una pasión
íntima que ocupa más de tres décadas de la vida de Ricardo, es también la crónica de un tiempo
fascinante en dos continentes - Europa y América del Sur. Como telón de fondo contemplamos la historia peruana desde 1950 hasta 1987, con sus vaivenes entre democracia y dictadura. Y a la vez, el París de los años sesenta con sus grandes pensadores del momento (Sartre, Camus); el fascinante Londres de los setenta con la eclosión de la cultura hippie, la droga, la música pop y el amor libre; el Japón de los grandes traficantes, y finalmente la España de mediados de los ochenta.

Gabriel García Marquez - Doce cuentos peregrinos


Los doce cuentos de este libro fueron escritos em el curso de los últimos dieciocho años. Antes de su forma actual, cinco de ellos periodísticas y guiones de cine, y uno fue un serial de televisión. Otro lo conté hace quince años en una entrevista grabada , y el amigo a quien se lo conté lo trancribió y lo publicó, y ahora lo he vuelto a escribir a partir de esa versión. Ha sido uma rara experiencia creativa que merece ser explicada, aunque sea para que los niños que quieren ser escritores cuando sean grandes sepan desde ahora qué insaciable y abrasivo es el vicio de escribir.

Gabriel García Marquez - Relato de un náufrago - Debolsillo

El 28 de febrero de 1955 cunde la noticia de que una tormenta en el mar Caribe ha hecho naufragar al destructor 'Caldas', de la marina de guerra de Colombia. La búsqueda de los náufragos se inicia de inmediato, pero al cabo de pocos días de esfuerzos inútiles los marineros perdidos son declarados oficialmente muertos. Sin embargo, una semana después aparece uno de ellos. Es Luis Alejandro Velasco, que ha permanecido diez días, sin comer ni beber, en una balsa a la deriva. El renombre inmediato rodea al náufrago, un muchacho robusto, de veinte años, 'con más cara de trompetista que de héroe de la patria'. El sobreviviente acude un día a la sala de redacción de 'El Espectador' de Colombia. Propone a un joven periodista narrar la verdadera historia del naufragio, sin las deformaciones del oficialismo ni los manoscos de la propaganda. El joven periodista se llama Gabriel García Márquez.

Gabriel García Marquez - Crônica de una muerte anunciada

Acaso sea 'Crónica de una muerte anunciada' la obra más 'realista' de Gabriel García Márquez, pues se basa en un hecho histórico acontecido en la tierra natal de escritor. Cuando empieza la novela, ya se saber que los hermanos Vicario van a matara a Santiago Nasar - de hecho ya le han matado- para vengar el honor ultrajado de su hermana Ángela, pero el relato termina precisamente en el momento en que Santiago Nasar. El tiempo cíclico, tan utilizado por García Márquez en sus obras, reaparece aquí minuciosamente descompuesto en cada uno de sus momentos, reconstruido prolija y exactamente por el narrador, que va dando cuenta de lo que sucedió mucho tiempo atrás, que avanza y retrocede en su relato y hasta llega mucho tiempo después para contar el destino de los supervivientes.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Aniversário de Pablo Neruda

"Os poetas odeiam o ódio e fazem guerra à guerra."

Pablo Neruda foi um poeta chileno, considerado uma das vozes mais elevadas da poesia mundial do século XX. Apaixonado pela vida e corajoso intelectual militante, sua trajetória levou-o a aventurar-se como um dos mais expressivos poetas da língua espanhola, que soube cantar, em um só tempo, o amor que abarca o cosmos e a escuridão da opressão em tempos de luta. Um olhar que abrange tanto a vastidão dos seres como o abismo interior da linguagem. Ganhador, em 1971, do Prêmio Nobel de literatura, Neruda pertence à tradição viva da mais alta poesia castelhana.

Filho de um operário ferroviário e de uma professora primária, nasceu em 12 de julho de 1904, na cidade de Parral (Chile). Seu nome verdadeiro era Neftalí Ricardo Reyes Basoalto. Perdeu a mãe no momento do nascimento. Em 1906, a família mudou-se para a cidade de Temuco. Começou a estudar por volta dos sete anos no Liceu para Meninos da cidade. Ainda em fase escolar, publicou seus primeiros poemas no jornal “ La Manãna”. No ano de 1920, passou a contribuir com a revista literária “Selva Austral”, já utilizando o pseudônimo de Pablo Neruda (homenagem ao poeta tcheco Jan Neruda e ao francês Paul Verlaine).

Em 1921, foi morar na cidade de Santiago e estudou pedagogia no Instituto Pedagógico da Universidade do Chile. Em 1923 publicou ‘Crepusculário” e no ano seguinte “Vinte poemas de amor e uma canção desesperada”, já com uma forte marca do modernismo.

No ano de 1927, começou sua carreira diplomática, após ser nomeado cônsul na Birmânia. Em seguida passou a exercer a função no Sri Lanka, Java, Singapura, Buenos Aires, Barcelona e Madrid. Nesta viagens, conheceu diversas pessoas importantes do mundo cultural. Em Buenos Aires, conheceu Garcia Lorca, e em Barcelona Rafael Alberti.

Em 1930, casou-se com María Antonieta Hagenaar, divorciando-se em 1936. Logo após começou a viver com Delia de Carril, com quem se casou em 1946, até o divórcio em 1955. Em 1966, casou-se novamente, agora com Matilde Urrutia.

Em 1936, explodiu a Guerra Civil Espanhola. Comovido com a guerra e com o assassinato do amigo Garcia Lorca, comprometeu-se com o movimento republicano. Na França, em 1937, escreveu “Espanha no coração”. Retornou neste ano para o Chile e começou a produzir textos com temáticas políticas e sociais.

No ano de 1939, foi designado cônsul para a imigração espanhola em Paris e pouco tempo depois cônsul Geral do México. Neste país escreveu “Canto Geral do Chile”, que é considerado um poema épico sobre as belezas naturais e sociais do continente americano.

Ele fala nos Libertadores no capítulo IV :

XXIX- Castro Alves do Brasil

Castro Alves do Brasil, para quem cantaste?
Para a flor cantaste? Para a água
cuja formosura diz palavras às pedras?
Cantaste para os olhos para o perfil recortado
da que então amaste? Para a primavera?

Sim, mas aquela pétalas não tinham orvalho,
aquelas águas negras não tinham palavras,
aqueles olhos eram os que viram a morte,
ardiam ainda os martírios por detrás do amor,
a primavera estava salpicada de sangue.

- Cantei para os escravos, eles sobre os navios
como um cacho escuro da árvore da ira,
viajaram, e no porto se dessangrou o navio
deixando-nos o peso de um sangue roubado.

- Cantei naqueles dias contra o inferno,
contra as afiadas línguas da cobiça,
contra o ouro empapado de tormento,
contra a mão que empunhava o chicote,
contra os dirigentes de trevas.

- Cada rosa tinha um morto nas raízes.
A luz, a noite, o céu, cobriam-se de pranto,
os olhos apartavam-se das mãos feridas
e era a minha voz a única que enchia o silêncio.

- Eu quis que do homem nos salvássemos,
eu cria que a rota passasse pelo homem,
e que daí tinha de sair o destino.
Cantei para aqueles que não tinham voz.
Minha voz bateu em portas até então fechadas
Para que, combatendo, a liberdade entrasse.

Castro Alves do Brasil, hoje que teu livro puro
torna a nascer para a terra livre,
deixam-me a mim, poeta da nossa América,
coroar a tua cabeça com os louros do povo.
Tua voz uniu-se à eterna e alta voz dos homens.
Cantaste bem. Cantaste como se deve cantar.

Em 1943, foi eleito senador da República. Indignado com o tratamento repressivo que era dado aos trabalhadores de minas, começou a fazer vários discursos, criticando o presidente González Videla. Passou a ser perseguido pelo governo e foi exilado na Europa.

Em 1952, publicou “Os versos do capitão” e dois anos depois “ As uvas e o vento”. Recebeu o prêmio Stalin da Paz em 1953. Em 1965, recebeu o título honoris causa da Universidade de Oxford (Inglaterra). Em outubro de 1971, recebeu o Prêmio Nobel de Literatura.

Durante as eleições presidenciais do Chile nos anos 70, Neruda abriu mão de sua candidatura para que Salvador Allende vencesse, pois ambos eram marxistas e acreditavam numa América Latina mais justa que, a seu ver, poderia ocorrer com o socialismo. Com a vitória de Allende, foi designado embaixador na França. Doente, retornou para o Chile em 1972.

Em 23 de setembro do ano seguinte, Pablo Neruda morreu, supostamente de câncer de próstata, na Clínica Santa Maria de Santiago (Chile). Sua morte ocorreu apenas 12 dias depois do golpe militar que tomou o poder e assassinou o presidente eleito Salvador Allende, mergulhando o país numa das fases mais negras de sua história. Quase 40 anos após a sua morte, foi aberto um inquérito para investigar se Neruda teria sido morto pelo regime de Pinochet.

Obras de Pablo Neruda:

Crepusculario.
Veinte poemas de amor y una canción desesperada.
Tentativa del hombre infinito.
El habitante y su esperanza. Novela.
Residencia en la tierra (1925-1931).
España en el corazón. Himno a las glorias del pueblo en la guerra: (1936- 1937).
Tercera residencia (1935-1945).
Canto general.
Todo el amor.
Las uvas y el viento.
Odas elementales.
Nuevas odas elementales.
Tercer libro de las odas.
Estravagario.
Cien sonetos de amor (Cem Sonetos de Amor).
Navegaciones y regresos.
Poesías: Las piedras de Chile.
Cantos ceremoniales.
Memorial de Isla Negra.
Arte de pájaros.
La Barcaola.
Las manos del día.
Fin del mundo.
Maremoto.
La espada encendida.
Invitación al Nixonicidio y alabanza de la revolución

Para conhecer mais sobre Neruda e sua obra, visite o site mantido pela Universidade do Chile .

terça-feira, 5 de julho de 2011

Como escolher a profissão certa


Foto: profissão

Vestibular, carreira, profissão, sonho, vocação, metas, aptidão, futuro, realização pessoal... na mente do jovem vestibulando, essas palavras transitam em ritmo frenético, consequência da infalível pergunta que todos fazem ao final do Ensino Médio: que profissão escolher?

É raro um estudante que passa ileso por esse questionamento. Em geral, ansiedade, angústias e incertezas marcam o período, o que, na visão de especialistas, nem sempre é prejudicial. "Uma dose de ansiedade pode ser benéfica, uma vez que leva o aluno a se dedicar mais inteiramente ao processo de escolha. Não a ansiedade que paralisa, mas a que mobiliza para a vida", esclarece Alessandra Suplicy Conway, psicóloga em Santos-SP e membro da direção da ABOP (Associação Brasileira de Orientadores Profissionais).

Na maioria dos casos, esses sentimentos estão presentes porque os jovens pensam que estão fazendo uma escolha para a vida. "E este é um pensamento equivocado", acredita Andréa Godinho de Carvalho Lauro, orientadora vocacional do Colégio Vértice, em São Paulo. "É, sim, uma escolha muito importante, mas não é para toda a vida, porque muita coisa pode mudar pelo caminho", explica. Segundo a orientadora, os jovens não percebem (e, geralmente, por falta de maturidade) que este é só o começo de uma longa carreira que se inicia. "Escolher a profissão não significa definir toda a sua carreira", conclui.

Não há como prever todo o futuro só com a escolha da profissão. Regina Sonia Gattás do Nascimento, psicóloga e supervisora de orientação vocacional da clínica da PUC, em São Paulo, concorda: "A profissão é um dos componentes do seu projeto de vida, mas é preciso ter em mente que o mercado muda, as pessoas mudam. É preciso estar preparado para, muitas vezes, ter de ajustar o caminho".

O que o jovem vestibulando deve fazer para tomar a decisão mais acertada? Como encontrar a profissão que mais combine com o seu perfil? "Fundamentando sua escolha em muita informação", responde a orientadora Andréa Godinho. "O vestibulando precisa fazer uma busca rigorosa de informação, tanto sobre si próprio, quanto sobre as muitas carreiras existentes, o mercado de trabalho e as muitas frentes em que ele pode atuar".

O jovem tem de ter papel ativo na escolha da profissão. "Precisa buscar informações em diferentes fontes: na escola, na família, na universidade que pretende cursar e com profissionais experientes", recomenda a especialista Alessandra Conway. Investir no autoconhecimento é uma boa saída. "Conhecer-se é essencial para tentar se colocar de formar mais inteira na carreira", diz Regina Nascimento.

Para ler o artigo publicado pelo Educar para Crescer na íntegra e fazer o teste:Dúvidas com a escolha da profissão? clique aqui.